Prefeitura assina contrato de concessão do Terraço Martinelli

Município avança nas ações de recuperação do centro com resgate do protagonismo do Edifício Martinelli e sua transformação em um novo espaço cultural, gastronômico e de lazer

Requalificação Urbana e Mobilidade

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Última atualização:

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A Prefeitura de São Paulo realizou no último dia 16 de junho a cerimônia para assinatura do contrato de concessão de uso do Terraço Martinelli. O ato público é a consolidação de um processo iniciado em 2019 pela São Paulo Urbanismo para dar novo uso a uma das coberturas mais icônicas do centro da cidade. A concessão é mais uma das ações da Prefeitura de São Paulo para a transformaçãoda região central e integra a iniciativa #TodosPeloCentro. 

Além do terraço localizado no 26º andar, são objetos da concessão os andares 25º, 27º e 28º do edifício, além da loja 11, no piso térreo. Ao todo, são 2.570 m² de área a ser concedida pelo período de 15 anos. A proposta comercial vencedora (R$ 135.000,00 a título de outorga fixa mensal) foi apresentada pelo Grupo Tokyo SP em março deste ano e representou um ágio de 18% em relação ao valor previsto inicialmente no edital da concessão.

A concessão do Terraço Martinelli busca resgatar o protagonismo do histórico edifício na região central e viabilizar a sua transformação em um novo espaço cultural, gastronômico e de lazer para a cidade. A ação possibilitará o restauro dos espaços, implantação de melhorias de acessibilidade, segurança e zeladoria e implementação de serviço de visitação pública. Todas as intervenções deverão respeitar os parâmetros urbanísticos, edilícios e de tombamentos vigentes, garantindo acessibilidade universal.  

Histórico  

A construção do Edifício Martinelli, projetado inicialmente para ter 12 andares, começou em 1924. O autor do projeto foi o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Na década de 1930, o prédio, com mais de 20 andares, já era o primeiro arranha-céu de São Paulo.

Em 1975, o Martinelli foi desapropriado pela Prefeitura, restaurado e reinaugurado em 1979. Atualmente, ele é sede de diversos órgãos municipais, como as secretarias de Habitação, Subprefeituras e Urbanismo e Licenciamento, além da São Paulo Urbanismo.  

Em 2019, a Prefeitura de São Paulo lançou a primeira consulta pública sobre a concessão do Martinelli. O primeiro edital de licitação foi publicado em 2020, mas, a pedido do Tribunal de Contas do Município, foi suspenso para ajustes nas regras da concessão.  

Em dezembro de 2022, o processo licitatório foi reaberto e, após a análise da proposta comercial encaminhada pela Tokyo SP, a empresa foi anunciada vencedora do certame em março de 2023.

Objetivos da concessão  

Além de retomar o protagonismo do Edifício Martinelli no cenário turístico e urbanístico da capital, a concessão tem como objetivos:  

• Proporcionar ao público uma experiência de visitação completa, composta por um programa de atividades estruturado nos eixos de visitação pública, memória/urbanismo e gastronomia;  

• Garantir a adequada destinação econômica de relevante ativo imobiliário da SP Urbanismo, maximizando o seu retorno financeiro;  

• Garantir a melhoria, o desenvolvimento socioambiental e a reativação do Centro de São Paulo, em especial do Triângulo Histórico.  

Principais exigências do edital

• Visitação pública gratuita ao terraço, ao menos, um dia por semana; visitação para o público em geral de terça a domingo (inclusive feriados);

• As visitas deverão ser acompanhadas de monitores/guias, contar com equipamentos de apoio a pessoas com necessidades especiais e oferecer acesso a sanitários e bebedouros;

• Implantação de um núcleo de recepção na Avenida São João para a visitação e centro de informações turísticas;

• Instalação de espaços expositivos na loja do térreo e no terraço com acervo permanente relacionado à história do edifício e acervo temporário relacionado à história da cidade ou a obras de artistas da cidade;

• Promoção de apresentações artísticas (musicais, sarais, teatrais).

Projeto de Requalificação

Para cumprir as diretrizes do projeto, o Grupo Tokyo prevê a instalação de um café no piso térreo, com bilheteria e loja de produtos sobre o local, além de um museu e um restaurante no 25º andar. Já para o terraço, no 26º, 27º e 28º andares, o grupo pretende fazer um observatório e um espaço para shows, eventos e mais um bar e restaurante.  

Com inspiração em lugares ao redor do mundo, como o Empire State Building e o Top of the Rock, no Rockefeller Center, em Nova Iorque; a Torre Montparnasse, em Paris; o Observatório At the Top, no Burj Khalifa, em Dubai; a Torre de TV, em Berlim; e o Tokyo Tower Skytree, em Tóquio, o objetivo da concessionária do espaço é estimular a presença do público para visitação, além de uma programação cultural e gastronômica durante todo o dia e noite.

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