Lazer e Cultura
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A exposição Essa nossa canção, do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, já tem data confirmada de encerramento: 24 de março. A mostra temporária aborda a relação da língua portuguesa com a canção popular brasileira.
A experiência do visitante na mostra já começa nos elevadores do Museu, onde há uma intervenção sonora criada pelo produtor cultural Alê Siqueira a partir de vocalizes de músicas nacionais. Cantos como “Ôôôôô”, “Ilariê”, “Aê-aê-aê” foram editados para formar uma única canção sem aquilo que convencionalmente se entende por palavra.
Assim que sai do elevador, no espaço expositivo do 1º andar, onde a exposição está em exibição, o público é convidado a entrar na sala intitulada Palavras Cantadas. Em um ambiente sonoro e imersivo, outra obra de Alê Siqueira, trechos de 54 canções, desta vez versos de faixas conhecidas nas vozes de Rita Lee, Roberto Carlos, Adoniran Barbosa e MC Marcelly, entre outros, foram reunidos. Assim, parecem conversar entre si ou até mesmo formar uma música original.
Em seguida, na sala Recados da Língua, músicas brasileiras famosas “ganham” corpo. Artistas como Juçara Marçal, Felipe Araújo, Teresa Cristina, Zahy Tentehar, Tom Zé, Johnny Hooker e outros cantam, em vídeos dirigidos por Daniel Augusto, faixas como Pelo telefone (Donga), Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira), Sinal fechado (Paulinho da Viola) e Garota de Ipanema (Vinicius de Moraes e Tom Jobim). Há ainda slammers interpretando Construção (Chico Buarque), e fãs dos Racionais MC’s, Diário de um detento (Mano Brown).
Na terceira parte da exposição, intitulada Nossa Vida em Canções, o público tem acesso a duas salas de cinema. Em uma delas, é exibido o premiado documentário As Canções, de Eduardo Coutinho, no qual ele conversa com desconhecidos sobre as músicas que marcaram suas vidas de alguma forma. Na outra, os cineastas Sérgio Mekler e Quito Ribeiro reuniram vídeos do YouTube de pessoas comuns soltando a voz – canções de Valesca Popozuda, Toquinho e Roberto Carlos podem ser ouvidas.
Em frente a esses dois ambientes, a linha do tempo Do Cilindro à Nuvem apresenta aparelhos e objetos utilizados para a gravação e reprodução de canções desde o fim do século. Há gramofone, rádio, vitrola, televisão de tubo, walkman, entre outros equipamentos que marcaram uma época.
A mostra chega ao fim com cópias dos manuscritos de composições de nomes como Xis, Marília Mendonça, Chiquinha Gonzaga e Xênia França, entre outros, na sala Uma Caneta e um Violão.
Com curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, Essa nossa canção conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e com o apoio do BNY Mellon e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Karaokê Infinito
Em diálogo com a exposição temporária Essa nossa canção, a instalação Karaokê Infinito, que ocupa o Saguão B do Museu desde 3 de fevereiro, permite que o público cante e brinque com músicas do cancioneiro brasileiro gratuitamente. A obra é uma criação da artista visual gaúcha Manuela Eichner, cujos trabalhos buscam ocupar e transformar os espaços de arte por meio de práticas imersivas, ultrapassando os limites dos suportes e promovendo uma experiência coletiva.
SERVIÇO
Mostra temporária Essa nossa canção
Até 24 de março
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)
R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia)
Grátis para crianças até 7 anos
Grátis aos sábados
Acesso pelo Portão A
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:
bileto.sympla.com.br
Karaokê Infinito
De terça a sábado, das 10h às 17h
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa
Grátis