
Cultura, turismo e esporte
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Eternizado em suas obras de concreto, o legado de Paulo Mendes da Rocha pode ser contemplado pelo Brasil a fora e até mesmo em países como Japão e Portugal, mas, foi aqui no centro de São Paulo que grandes marcos de sua carreira podem ser vistos diariamente e até mesmo frequentados.
Nascido em 1928 na cidade de Vitória, Paulo Mendes chegou em São Paulo ainda jovem, onde se formou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Após se formar, ingressou na vida acadêmica na FAU USP, onde foi assistente de João Batista Vilanova Artigas, na época um arquiteto já consolidado.
Inspirado no brutalismo europeu, Paulo Mendes defendeu que a arquitetura, urbanismo e cidade deveriam conviver entre si. Algumas de suas obras mais famosas são construções que conversam com a cidade, como por exemplo o Ginásio do Clube Paulistano e o MuBE, todas famosas por seu concreto visível e a sensação de “flutuar” no ambiente, mas também obras com uma aparência mais moderna, como o Sesc 24 de Maio, concluído em 2017.
Com traços retos e objetivos, além de claro, muito concreto, Paulo Mendes da Rocha também acreditava que “A melhor maneira de conservar qualquer coisa numa cidade é transformado pelo uso”, e foi com esse pensamento que realizou as reformas do Museu da Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa e a reforma da Praça do Patriarca, com a adição da Marquise que virou um marco no centro de São Paulo.
Museus, comércios, praças, reformas internas, Paulo Mendes foi um homem de diversas facetas e, como um bom arquiteto, não deixou de realizar imóveis residenciais, como os Edifícios Guaimbê, a Casa Butantã, a Casa Gerassi etc.
Considerado o último dos grandes arquitetos brasileiros do século XX, faleceu aos 92 anos em 2021, deixando seu legado espalhado pela capital paulista para todos os apaixonados por suas obras