Meio Ambiente
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A Prefeitura de São Paulo, por meio da SP Urbanismo, iniciou as obras do novo mirante da capital paulista, o Belvedere Roosevelt, no centro de São Paulo.
O objetivo do projeto é tornar uma pequena área pública isolada do restante da Praça Roosevelt, após o cruzamento da Rua Augusta, em um espaço de lazer referência em sustentabilidade, preservação ambiental e ampliação da biodiversidade. Para isso, está prevista a implantação de jardins de chuva, espaço de lazer com palco e arquibancada, iluminação qualificada, novo piso e bicicletários.
A preparação para a obra, iniciada agora em janeiro, começou em dezembro de 2022. O mês marca o início da elaboração do projeto básico e executivo. Ambos projetos seguem em desenvolvimento, mas já permitem que a Prefeitura inicie o processo das intervenções. O custo da intervenção está estimado em R$ 4,3 milhões a ser financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Urbano (FUNDURB). A expectativa da conclusão é o segundo semestre deste ano.
O mirante será implantado num espaço hoje subutilizado no eixo urbano Leste-Oeste. Trata-se de uma área remanescente da estrutura projetada para a conexão das vias Amaral Gurgel, Elevado Presidente João Goulart e Viaduto Júlio de Mesquita Filho. Sua posição oferece um belo visual para as escadarias da Praça Roosevelt e para o eixo do Viaduto Júlio de Mesquita Filho, principal eixo de ligação viária para a zona leste da cidade.
Hoje o local encontra-se sem utilização. Para mudar este cenário, a Prefeitura propõe a criação de um espaço de convivência que, ao mesmo tempo, estimule o desenvolvimento sustentável, a conservação da biodiversidade e bem-estar da população. Este conceito é adotado desde 2018 pela SP Urbanismo em seus projetos.
Os usuários do espaço poderão aproveitar uma área de convívio com palco, arquibancada, nova iluminação e piso requalificado. O local contará ainda com bicicletário e gradis de segurança.
É prevista a requalificação da escadaria lateral do espaço. Ela se inicia na Rua Augusta e vai até Viaduto Júlio de Mesquita Filho, sendo, portanto, uma importante conexão para os pedestres que, em seguida, compõe um sistema de escadarias para ligação entre o viaduto, o sacolão Avanhandava e o corredor de ônibus da Av. Nove de Julho . De forma inovadora na cidade, a escadaria receberá jardins de chuva capazes não só de absorver a água, mas também de qualificá-la. A técnica, conhecida como fitorremediação, ajuda a reduzir a poluição de solo, água e até mesmo do ar. Vale destacar ainda que há uma preocupação com a sustentabilidade ambiental do projeto, portanto, parte do entulho gerado será utilizado no próprio local.
A instalação de uma estrutura cinética (que se move de acordo com o fluxo do vento) a ser customizada por um artista plástico está prevista no projeto. Haverá ainda intervenções artísticas em outros pontos do mirante.
A expectativa é que essa nova área pública da cidade seja educativa em termos patrimoniais, paisagísticos, em estratégias de sustentabilidade e em tratamento/polimento de águas de chuva por fitorremediação, atraindo o interesse de estudantes e pesquisadores.
O projeto Belvedere Roosevelt integra o amplo plano da Prefeitura de recuperação da região central, que inclui ações em diversas escalas como a requalificação de calçadões do Centro Histórico, a reforma do Vale do Anhangabaú e do Parque Dom Pedro II e o Parque Augusta – Prefeito Bruno Covas, a requalificação da Esquina Histórica, entre outros.
A expectativa de todos esses projetos é promover transformações no centro de modo a atrair novos investimentos e moradores para a região.