Prefeitura de São Paulo abre consulta pública para estudos sobre implantação de VLT no Centro da cidade

Edital estará disponível para participação até o dia 8 de março.

Requalificação Urbana e Mobilidade

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Última atualização:

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Simulação de VLT na Rua Figueira, no Centro de São Paulo (Foto: Divulgação PMS/SLUL)

A Prefeitura de São Paulo abriu nesta quarta-feira (7) uma consulta pública voltada para a elaboração de projetos e estudos para a concepção de serviço de transporte público urbano em Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região central da cidade. Disponível para participação até o próximo dia 8 de março, o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é voltado para pessoas físicas ou jurídicas que preencham os requisitos do edital e apresentem os documentos solicitados.

O Procedimento de Manifestação de Interesse, medida que estabelece a colaboração entre a Prefeitura de São Paulo e o setor privado, tem como objetivo a elaboração de projetos, levantamentos e estudos de viabilidade técnica, operacional, econômico-financeira e jurídico-institucional que auxiliem a Prefeitura na avaliação da viabilidade para a concepção, implantação, operação e manutenção do novo modal, a ser implantado no centro de São Paulo. Podendo ser conectado a diferentes modais de transporte, o projeto do VLT reforça a perspectiva da multimodalidade, do transporte sustentável e da prestação de serviço público ao cidadão.

O projeto de implantação do VLT é uma iniciativa que dialoga com o Programa de Metas do Município de São Paulo, que por intermédio do eixo de Metas “SP Ágil”, prevê a criação de melhorias nas condições de deslocamento da população, assegurando acessibilidade, conforto e segurança dos diferentes modais de transporte. Além disso, insere-se no contexto do programa Requalifica Centro, que conjuga iniciativas para a melhoria das condições de infraestrutura do centro, visando a sua requalificação urbanística.

Confira o edital na íntegra clicando aqui.

 

Entenda o projeto

O projeto tem o objetivo de qualificar os deslocamentos a partir da mobilidade sustentável e de uma nova alternativa de transporte integrada às demais ações para requalificação do centro. A iniciativa dialoga com o Programa de Metas do Município de São Paulo e conta com estudos técnicos preliminares e projetos funcionais feitos pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Um Grupo de Trabalho Intersecretarial foi constituído para acompanhar o desenvolvimento das etapas do projeto.

Os estudos iniciais apontam para uma rede com aproximadamente 12 km de extensão distribuída em duas linhas que conectariam cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM. As duas linhas se conectam na Av. São João e, ao todo, teriam 27 estações de embarque e desembarque. Em relação às linhas de ônibus, destaca-se a conexão entre os Terminais Dom Pedro II, Bandeira e Princesa Isabel, contribuindo para a mobilidade da população que chega ao centro a partir das Zonas Leste, Sul, Norte e Oeste.

Um dos principais destaques do projeto é a articulação de bairros da região central, como Bom Retiro e Brás. Conectados pelas novas linhas de VLT, eles serão integrados mais facilmente a espaços relevantes do ponto de vista econômico e cultural, como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

Parques e espaços livres de relevância também passarão a ser acessados pelo VLT, como o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche, Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.

Além de reativar a saudosa memória histórica dos antigos bondes do centro, o VLT será um indutor para a requalificação urbana da região central. Com ele, os pedestres do centro terão uma nova alternativa de transporte público, oferecendo maior segurança, agilidade e conforto nos deslocamentos diários. Do ponto de vista ambiental, a implantação de um modal como o VLT poderá mitigar poluição atmosférica e sonora, reduzir congestionamentos e contribuir para a revitalização de áreas degradadas.

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