Memorial da Resistência promove Semana de Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano

Ação acontece para encerrar a exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, em cartaz até o dia 27

Lazer e Cultura

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08/2023

Última atualização:

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Para marcar o encerramento da exposição "Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência", que contou com curadoria do sociólogo e escritor Mário Medeiros, o Memorial da Resistência de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, em colaboração com a Fundação Friedrich Ebert (FES), realizará, de 23 a 27 de agosto, a "Semana de Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano". A ação vai promover atividades como visitas mediadas acessíveis, exibição de documentário, debates, palestras, sarau e uma mesa de encerramento.

Visita do Movimento Negro Unificado (MNU) na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência.

Confira a programação completa:

Visita mediada acessível em Libras na exposição de longa duração

23 de agosto | 10 horas | Exposição de longa duração (térreo)

Visita mediada acessível na exposição de longa duração do Memorial com grupo de pessoas surdas. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados de materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo. A visita contará com tradução português/Libras.

Visita mediada acessível na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

24 de agosto | 14 horas | Exposição temporária (3º andar)

Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência com grupo de pessoas com deficiência intelectual. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo.

Cine Resistência: O Dia Que Durou 21 Anos e roda de conversa

24 de agosto | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência

O Memorial apresenta o documentário O dia que durou 21 anos (2013), com roteiro e direção de Camilo Tavares. Partindo de documentos secretos e gravações originais da época, o filme destaca a participação e a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964, com especial atuação da CIA e da Casa Branca. Logo após a exibição do longa, será realizada uma Roda de Conversa com Aton Fon Filho, e com o diretor Camilo Tavares.

Convidados:

Aton Fon Filho: Diretor jurídico da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.

Camilo Tavares: Diretor e Roteirista, Camilo Tavares exibiu em TV aberta os filmes documentários de cunho socioambiental. Em 2011 ganhou o prêmio de finalização do Pac Secretaria de Cultura/SP que resultou no longa metragem documentário “O dia que durou 21 anos”.

Visita mediada na exposição de longa duração

25 de agosto | 15h | Exposição de longa duração (térreo)

Visita mediada pelos educadores do museu na exposição de longa duração, com abordagem fundamentada nos eixos temáticos como Direitos Humanos, patrimônio, resistência e repressão.

Visita mediada na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

25 de agosto | 16h | Exposição temporária (3º andar)

Visita mediada pelos educadores do museu, com abordagem dos eixos temáticos da exposição.

Uneafro convida:  Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios – Experiências negras na Ditadura Civil-Militar

26 de agosto | 10h30 | Auditório Memorial da Resistência (5º andar)

Palestra promovida pela Uneafro com foco na atuação dos movimentos negros na época da Ditadura Civil-Militar, décadas de 60, 70 e 80. O projeto Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios tem como objetivo potencializar 30 jovens de 15 a 29 anos engajades na Uneafro Brasil, para serem líderes na luta contra o racismo e na promoção da igualdade.

Convidada:

Gabrielle Abreu: Historiadora formada pelo Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH/UFRJ) e Mestra em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada da mesma universidade (PPGHC/UFRJ). Atua como Coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. Desenvolve pesquisas voltadas para a reconstituição de trajetórias de indivíduos e coletivos negros outrora alijados das narrativas da historiografia clássica, especialmente no âmbito da História da ditadura militar brasileira.

Coleta Pública de Testemunhos: Memórias do Futuro – Lésbicas e Negras

26 de agosto | 14 horas | Auditório Memorial da Resistência (5º andar)

Em celebração ao mês da Visibilidade Lésbica, faremos uma Coleta Pública de Testemunhos com convidadas sobre lesbianidade e racialidade. A atividade é parte do programa Coleta Regular de Testemunhos, é uma ação permanente do Centro de Pesquisa e Referência do museu voltada à compreensão das experiências de resistência e repressão no estado de São Paulo, no contexto das ditaduras brasileiras.

Convidadas:

Ariana Mara da Silva (mediação): Sapatão e pesquisadora do Acervo Bajubá. Doutoranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (2020), Mestra em Estudos Interdisciplinares Sobre a Mulher pela Universidade Federal da Bahia – NEIM/UFBA (2019).

Lúcia Castro: Mulher negra lésbica, religiosa de matriz africana, jongueira, produtora cultural. Atua na defesa dos direitos humanos nos seguintes movimentos sociais: LGBTQIAP+, Cultura Popular, Movimento de Mulheres Negras e Movimento Negro. É fundadora do Coletivo Aos Brados!! A vivência digna da sexualidade” e do jornal “Aos Brados”. É uma das fundadoras da Parada LGBTQIAP+ de Campinas.

Mara Lucia da Silva: Socióloga formada na FESP-SP Fundação Escola de Sociologia e Política, tendo como tema de trabalho de conclusão a Lei 10.639/03. Participou do Bloco Afro Ilú Obá de Mim de 2005 a 2009, da criação do Bloco Kazungi, da Marcha Mundial das Mulheres, e da construção do 1ª Marcha de Mulheres Negras. Participa do Samba Negras em Marcha e é funcionária Pública Estadual na área da saúde.

Encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

27 de agosto | a partir das 14 horas | Exposição temporária (3º andar)

Apresentação do Sarau das Pretas e roda de conversa aberta ao público para discutir a importância da luta antirracista, refletir sobre a memória documental dos movimentos negros e celebrar o sucesso da mostra ao longo dos seus mais de doze meses em cartaz.

Convidados:

Mário Medeiros (mediação): Docente na UNICAMP, possui graduação em Ciências Sociais (2003), mestrado em Sociologia (2006) e doutorado em Sociologia (2011) pela mesma Universidade. É Diretor Adjunto do Arquivo Edgar Leuenroth – AEL/Unicamp. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando sobretudo com as temáticas Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade e Intelectuais Negros. Foi curador da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, do Memorial da Resistência.

José Abilio Ferreira: Escritor com livros e textos publicados no Brasil e no exterior, sendo um dos 100 autores estudados na antologia crítica Literatura e afrodescendência no Brasil, publicada em quatro volumes pela editora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2011.

Cibelle de Paula: Formada em Pedagogia e História e Especialização em História da África e do Negro no Brasil. Lecionou no Núcleo da Educafro como professora voluntária. Integrou o Projeto Jovens Mulheres Negras, organizado pela ONG Ação Educativa em 2018. Atua como pedagoga há nove anos na Rede Municipal de Educação de São Paulo. Compõe o Bloco Afro Ilú Obá De Min desde 2010.

Suelen Girotte do Prado: Coordenadora do Centro de Documentação e Memória Institucional de Geledés. Historiadora, doutoranda em História Social (PUC/SP) e autora do livro: “Caminhos que levam a Geledés, narrativas de autonomia através da organização de mulheres negras em São Paulo”.

*A mostra, lançada em 4 de junho de 2022, ficará em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo até 27 de agosto de 2023. Foi criada em colaboração com organizações e coletivos convidados, como a Coalização Negra por Direitos, a revista O Menelick 2º Ato, a Capulanas Cia de Arte Negra e o Ilú Obá de Min, em parceria com os arquivos e acervos de cultura negra no AEL – Unicamp, o Arquivo Público do Estado de São Paulo, o Museu da Imagem e do Som, a Pinacoteca do Estado, e o Condephaat.

Sobre o Memorial da Resistência de São Paulo

O Memorial da Resistência de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, tem como missão a valorização e a preservação das memórias da repressão e da resistência políticas no Brasil republicano, especialmente no período da Ditadura Civil-Militar (1964-1985). Este trabalho é realizado por meio da educação, da pesquisa, além da organização de exposições temáticas norteadas pela defesa da cidadania, da democracia e dos direitos humanos. Entre 1940 e 1983, funcionou no edifício que hoje abriga o Memorial o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP), uma das polícias políticas mais truculentas do país, fazendo do espaço museu um local com enorme valor histórico e simbólico.

Sobre Mário Augusto Medeiros da Silva

Docente na UNICAMP, possui graduação em Ciências Sociais (2003), mestrado em Sociologia (2006) e doutorado em Sociologia (2011) pela mesma Universidade. É Diretor Adjunto do Arquivo Edgar Leuenroth - AEL/Unicamp (2020-). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando sobretudo com as temáticas Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade e Intelectuais Negros. Recebeu, em 2013, o Prêmio para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais, da Universidade Coimbra. É autor do livro “Gosto de Amora” (Editora Malê, 2019), finalista da 62ªedição do Prêmio Jabuti; e de "Numa Esquina do Mundo (Editora Kapulana, 2020), semifinalista do Prêmio Oceanos de Língua Portuguesa"

Serviço

Exposição: Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

Período: até 27 de agosto de 2023 (domingo)

Faixa etária: Livre

Entrada: Grátis

Local: Memorial da Resistência de São Paulo

Endereço: Largo General Osório, 66 - Santa Ifigênia

Horário: quarta a segunda, das 10h às 18h (fecha às terças)

Os ingressos do Memorial estão disponíveis no site e na bilheteria do prédio.  Reservas aqui.

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