Lazer e Cultura
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2025 vem aí e o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta os destaques da sua programação para o próximo ano, que reúne exposições, espetáculos teatrais, cinema e música que dialogam com questões contemporâneas, tradições e reflexões históricas. A pluralidade dos projetos reforça o compromisso do CCBB em oferecer experiências culturais marcantes e acessíveis. “Em 2025 seguimos com muita diversidade na programação, com destaque para a arte brasileira. Queremos provocar reflexões sobre questões urgentes do nosso tempo, estimulando novos olhares e inspirando mudanças de atitude. Acreditamos que a arte tem um potencial de transformar, de conectar pessoas, culturas e ideias, e é com esse espírito que convidamos todos a participar dessa jornada conosco”, afirma Cláudio Mattos, Gerente Geral do CCBB SP.
A agenda de 2025 inicia com a mostra "Indomináveis Presenças”, uma celebração do imaginário das comunidades negras, indígenas e queer, apresentando obras de 16 artistas brasileiros sob curadoria de Luana Kayodè e Cíntia Guedes. Em seguida, "Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará” evidencia quatro décadas da produção fotográfica feminina da Amazônia, com mais de 200 obras e um olhar decolonial. Já em "Fullgás - Arte e Brasil nos anos 80” o público poderá explorar a efervescência cultural dessa década icônica, com obras de artistas como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes e Leda Catunda, além de objetos que resgatam o espírito visual da época.
O palco do CCBB SP receberá espetáculos variados, como a tradição familiar e ancestral de "Carroça de Mamulengos", o humor reflexivo de "Nebulosa de Baco" e a homenagem a Marku Ribas com "Marku Musical". Destaque também para a inovação de "Tecnolengo", que une a tradição do mamulengo às tecnologias digitais, e para as reflexões sociais e fantásticas de "Comunidade do Arco-Íris" e "Velocidade".
O cinema estará presente com a Mostra do Filme Livre, que explora a potência do cinema independente em formatos variados. E na música, "Quilombo Groove” trará ao público preces, batuques e louvores do Quilombo do Curiaú, do Amapá, destacando as raízes culturais quilombolas por meio de oficinas, vivências e shows.
Um destaque à parte é o programa CCBB Educativo, que convida o público para um contato com a poética e a história dos artistas, da programação em cartaz e do prédio histórico do CCBB. São visitas mediadas, contações de histórias, mediações de leitura, ações cênico-musicais e oficinas para toda a família.
Com uma programação que mistura tradição, inovação, inclusão e diversidade, o CCBB SP reafirma seu papel como espaço de troca e valorização das manifestações artísticas em suas diversas formas, propondo novos olhares e construindo pontes entre passado, presente e futuro. Os projetos apresentados em 2025 prometem enriquecer o debate cultural no país e oferecer ao público experiências e vivências transformadoras, que ampliam a conexão dos brasileiros com a cultura.
Confira a programação já confirmada para 2025:
EXPOSIÇÃO
Indomináveis Presenças (05/fev a 07/abr de 2025)
A exposição “Indomináveis Presenças” é uma celebração do imaginário que emana desde as comunidades negras indígenas queer, de suas corporeidades, territorialidades, afetos e símbolos. O projeto pretende rastrear o que há de incontornável em uma pluralidade de perspectivas que desafiam o olhar colonial, através das obras de 16 artistas visuais contemporâneos brasileiros. Curadoria: Luana Kayodè e Cíntia Guedes (curadora convidada)
Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará (12/mar a 05/mai de 2025)
A exposição "Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará" apresenta fotógrafas artistas da Amazônia Brasileira, representantes de mais de quarenta anos de produção fotográfica da região Norte do Brasil. A mostra baseia-se em recorte com resultados ampliados da tese de Doutorado em Artes (2018, UnB) de autoria da pesquisadora e curadora Sissa Aneleh. Com recorte curatorial decolonial pautado nas questões de gênero e regionalismo, apresenta cerca de 200 obras contando com fotografias, foto-objetos, instalações fotográficas com vídeos, fotonovelas, jornais fotográficos e áudios com recorte da produção feminina a partir da década de 1980 até a década de 2020. O projeto expositivo oferta ainda vivências ambientais e tecnologias emergentes, levando os visitantes para experiências com imersão sensorial-espacial e interatividade usando realidade virtual (VR), realidade expandida/mista (XR) e realidade aumentada (AR) de última geração. Além de interação com cenários que plasmam a cultura material amazônica e paraense registrada pelas lentes das fotógrafas.
Fullgás - Arte e Brasil nos anos 80 (28/mai a 04/ago de 2025)
Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra “Como vai você, Geração 80?”, realizada no Parque Lage em 1984. “Fullgás” dialoga com essa mostra e traz algumas obras que lá estiveram, mas amplia a reflexão trazendo para o centro do processo artistas de fora do eixo Rio–São Paulo e que também estavam produzindo na época. Entre os nomes presentes na exposição estão Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini, Leda Catunda, entre outros. Adicionalmente às obras de arte, a mostra inclui elementos da cultura visual da década de 1980, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos que fazem parte da formação desta geração. Curadoria geral: Raphael Fonseca. Curadoria adjunta: Amanda Tavares, Tálisson Melo.
TEATRO
Carroça de Mamulengos (Mar/25)
O espetáculo traz vinte pessoas e muitos bonecos entre avós, filhos, noras e netas. Mais do que um espetáculo, o público vai encontrar uma tradição muito rara de se ver: uma trupe de artistas que, com quase meio século de vida e arte, segue uma tradição familiar, um modo de vida que atravessa o tempo e a memória. É fino e delicado, mas traz a força da ancestralidade e da tradição.
Nebulosa de Baco (Abr/25)
Da premiada companhia Stavis-Damaceno, traz aos palcos duas mulheres, duas atrizes (Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela) na tarefa de convencer a si mesmas a acreditar em si mesmas, ao mesmo tempo em que tentam entender e dar andamento aos preparativos de uma peça que se equilibra entre o riso e o choro, repleta de confusões e ansiedades próprias da cabeça de todos nós, bombardeados com excessos de informações. Confusões entre o que é e o que não é, o que parece que é, mas também não é, entre o que é verdade e o que é manipulado, ou mera narrativa, entre o que é realidade e o que é ficção, ou imaginação.
Marku Musical (Jun/25)
A peça apresenta lutas, graças, dilemas e sentidos políticos do artista Marku Ribas, um dos mais importantes e influentes músicos do Brasil e da diáspora de matriz africana das últimas décadas. Baseada em sua autobiografia, em memórias familiares e em apreciações estéticas de seu prolífero legado, o espetáculo oferece ao público reflexões sobre as culturas originárias e ribeirinhas dos interiores do Brasil, as trocas culturais de matriz africana que transcendem fronteiras nacionais e as concepções de tradição, autoria e criatividade negra diante dos estereótipos impostos pela indústria fonográfica e de entretenimento.
Tecnolengo (Jun/25)
Teatro de animação que trata do encontro da tradição do mamulengo com as tecnologias digitais através da produção de uma obra teatral de bonecos, com empanada digital com fundo de painel de LED, permitindo a interação entre cena, bonecos e plateia com imagens interativas mesmo durante o dia. Uma homenagem de artistas residentes na região Sul do Brasil à cultura popular nordestina.
Comunidade do Arco-íris (Jul/25)
Inspirado na obra de Caio Fernando Abreu, o espetáculo pretende transportar o público para um reino fantástico, habitado por criaturas mágicas, como sereias e bruxas. Quando dois macacos chegam a essa comunidade, temas como confiança, respeito, amizade e democracia precisam ser discutidos. Com direção de Susana Saldanha, o espetáculo propõe reflexões de temas atemporais e imprescindíveis que contribuem para transformação social nos dias de hoje.
Velocidade (Set/25)
O espetáculo propõe lançar questões sobre a sociedade contemporânea e seus modos de auto exploração que a definem como uma "sociedade do cansaço". A obsessão pela velocidade cria uma relação única com o tempo e a natureza. Deseja-se convidar o público a lançar um olhar atento e afetivo para si e para a velocidade de sua vida e da sociedade.
CINEMA
Mostra do Filme Livre (fev/2025)
A maior e mais eclética mostra de cinema do país, a MFL, é focada na produção independente e traz curtas, médias e longas de todos os gêneros e formatos, evidenciando a potência do cinema não comercial.
MÚSICA
Quilombo Groove (26/fev a 03/mar de 2025)
Quilombo Groove - preces, louvores e batuques do Quilombo do Curiaú” é uma iniciativa que visa celebrar a cultura e a troca entre quilombolas, artistas e público. O Curiaú foi o primeiro quilombo reconhecido no Estado do Amapá e traz diversos conteúdos artísticos e culturais, como vivências, oficinas, contações de histórias, cortejo, rodas de conversas e shows musicais.
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Telefone: (11) 4297-0600