Segurança
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A partir desta terça-feira (2), a população da cidade de São Paulo, incluindo o Centro, passa a contar com o apoio do Corpo de Bombeiros para reforçar os trabalhos de poda e corte de árvores e de atendimento pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O custo da Operação Delegada é 100% pago pela Prefeitura.
O programa é realizado por meio de um convênio entre a Prefeitura, que paga a gratificação aos profissionais, e o Governo do Estado para que agentes da Polícia Militar reforcem o policiamento na região durante suas folgas. Guardas-civis municipais (GCMs) também atuam no programa. Após uma lei do prefeito Ricardo Nunes aprovada no fim do ano passado, os bombeiros passaram a integrar a Operação Delegada. O foco da atuação é aumentar a segurança e reorganizar o espaço público. A adesão ao programa é voluntária.
“Essa ação conjunta da Prefeitura e do Estado vai resultar em serviços importantes para a população. Nosso grande desafio dentro do SAMU é diminuir o tempo de atendimento, fazer um atendimento rápido e com qualidade. São bombeiros preparados e treinados", destacou o prefeito Ricardo Nunes em cerimônia que deu início aos trabalhos na manhã desta terça, na Praça da Sé.
Nunes ressaltou que o objetivo do convênio é salvar vidas, tanto reduzindo o tempo de socorro realizado pelo SAMU quanto realizando a poda ou corte de árvores que estão na iminência de queda. Para o SAMU, serão destinados 94 bombeiros para reforçar os atendimentos, com 34 ambulâncias, das quais 20 para o período diurno, 10 para o noturno e 4 reservas, que são equipadas com desfibrilador.
Para os trabalhos de poda e corte de árvores, serão destacados 6 bombeiros, que utilizarão os dois caminhões do modelo autoplataforma fornecidos pela Prefeitura em novembro de 2023 para auxiliar na poda de árvores. A Prefeitura investiu R$ 1,6 milhão na compra dos veículos, que são inéditos na corporação e semelhantes às unidades usadas por empresas de energia elétrica, por terem capacidade de alcançar grandes alturas graças ao braço de articulação que sobe 14 metros e gira até 360 graus. De acordo com o prefeito, outros seis veículos desse tipo já foram encomendados.
De acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, esse tipo de equipamento é essencial tanto para a proteção da população quanto para a seguranç dos profissionais. “Os maiores acidentes que acontecem com bombeiros é o corte de árvore, muitos bombeiros perderam a vida”, afirmou Derrite.
O secretário destacou também a importância desse reforço para a população. “Quando se aumenta a capilaridade de atendimento, colocam-se as viaturas em vários locais, diminui o tempo resposta, que é a chegada da viatura, seja o SAMU, seja da unidade de Resgate, e até no corte de árvore que está em um perigo de queda iminente. A gente está salvando vidas.”
A lei que inclui os bombeiros nessas atividades justifica que esses profissionais têm “indiscutível expertise técnica para atuar nas atividades delegadas ao Corpo de Bombeiros pelo município, a integração dos serviços estadual e municipal para realizar corte e poda de árvores, bem como atendimento pré-hospitalar, diminuirá o tempo resposta em situações de emergência, bem como auxiliará na segurança pública, reduzindo o risco de queda de galhos, bem como melhorará a saúde das árvores, e a estética e visibilidade no município”.
Nos casos de poda e corte de árvores, deverá ser seguida a doutrina contida nos manuais do Corpo de Bombeiros, em que serão seguidos os seguintes passos: analisar a situação; reconhecer o local; identificar a árvore; estabelecer medidas de segurança; isolar a área (se necessário); evacuar imóveis (se necessário); solicitar apoio (se necessário); executar o corte ou poda.
A inclusão do Corpo de Bombeiros no Projeto de Lei foi uma demanda apresentada pelo vereador Bombeiro Palumbo. “A gente veio fazer essa Operação Delegada por acreditar que os bombeiros têm capacidade de ajudar a cidade no momento em que a população mais precisa. Imagine uma vítima que fique aguardando no solo da avenida, num dia de sol, uma queda de moto, um caso clínico, e a gente lá aguardando por horas, às vezes, o serviço de emergência”, afirmou Palumbo.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, coronel PM Nilton Cesar Zacarias, também destacou a importância da parceria. “Essa nova parceria vem fortalecer todos os elos para gerar valores para a sociedade e, principalmente, para a sociedade paulistana.”
Agilidade
O diretor do SAMU, coronel Alexandre de Resende, explicou que o serviço conta com 116 ambulâncias e mais 36 motocicletas para agilizar o tempo de resposta e fazer o melhor atendimento possível.
“Com esse incremento de ambulâncias, conseguiremos reduzir ainda mais o tempo-resposta", destacou. Segundo Resende, as ocorrências do SAMU são divididas por nível de gravidade. “O SAMU não foi feito para atender a todas as demandas, mas para atender as ocorrências mais graves. A ocorrência mais grave está sendo atendida em 20 minutos e a menos grave em 1h30. Isso porque nós temos uma demanda imensa ao mesmo tempo e precisamos priorizar as mais graves. Esse incremento de ambulância vai ajudar a reduzir o tempo de atendimento.”