O palco se enche de ritmo, movimento e cor no show Pandeirodê, criado e apresentado por Cris Barulins e a Banda do Barulho, no Sesc Bom Retiro. O espetáculo mistura música, brincadeira e interação com o público em uma viagem pelos diferentes tipos e sons dos pandeiros — pequenos, grandes, eletrônicos, de brinquedo ou até imaginários.
Com um repertório formado principalmente por canções autorais, Pandeirodê propõe um passeio musical por ritmos brasileiros como côco, capoeira, forró, samba e até rock. Tudo com muita leveza, acolhimento e convite à participação. Em cada música, o público é chamado a cantar, dançar, bater palmas, assobiar, criar sons com o corpo e entrar na brincadeira.
“A ideia nasceu da minha paixão pelo pandeiro. Ele parece pequeno, mas carrega uma riqueza imensa de possibilidades sonoras e culturais”, explica Cris Barulins, que além de cantora e percussionista, também atua como educadora musical. “Quis mostrar que um instrumento tão acessível pode ser também um universo inteiro de descobertas.”
Cris conta que a proposta do show vai além da música. “A gente convida o público a participar de verdade. Não é um show para assistir parado. É para estar junto, experimentar, sentir o som na pele e no corpo. Crianças e adultos se divertem igual.”
Entre uma canção e outra, surgem momentos de reflexão. Em “Fogo Pequenino”, por exemplo, a música fala sobre o cuidado com o planeta e os perigos de atitudes pequenas que podem se tornar grandes problemas. “A gente pode brincar e pensar ao mesmo tempo. A música ajuda nisso”, diz Cris.
O cenário colorido, os figurinos vibrantes e os instrumentos inusitados também fazem parte da experiência. O pandeiro é o protagonista, mas muitos outros sons entram em cena: do sopro ao estalo de dedos, do batuque nos pés ao silêncio que também comunica.
Pandeirodê é mais que um espetáculo — é um convite a escutar o mundo com atenção, brincar com a música e perceber que todos podem fazer parte da festa, mesmo sem saber tocar nada. “A música está no corpo, na escuta, na intenção. E todo mundo tem isso dentro de si”, completa Cris.
