
Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre 28 e 30/set sob a regência de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, e recebendo pela última semana o Artista em Residência deste ano, o pianista britânico Sir Stephen Hough. O repertório inclui as peças Les Offrandes Oubliées - Meditações Sinfônicas, de Olivier Messiaen, As Sombras do Tempo - Cinco Episódios para Orquestra, de Henri Dutilleux, e o Concerto nº 3 para Piano, de Sergei Rachmaninov - com Hough. A obra de Dutilleux, cujo episódio central é dedicado a Anne Frank (1929-1945), será apresentada com três vozes do Coro Infantil da Osesp: Stephanie Airi, Bárbara Boanerges e Anna Beatriz Smith. Vale lembrar que a apresentação de sexta (29/set), às 20h30, terá transmissão digital no canal da Osesp no YouTube.
Composta em 1930, Les Offrandes Oubliées foi a primeira peça orquestral importante do jovem Olivier Messiaen (1908-1992), recém-formado no Conservatório de Paris. Destinadas a evocar, conforme seus comentários à partitura, “o esquecimento do homem diante do sacrifício de Cristo”, a obra resgata uma forma historicamente carregada de simbolismo religioso, o tríptico, sendo dividida em três partes: “A Cruz”, “O Pecado” e “A Eucaristia”.
Já idoso e muito doente, Henri Dutilleux (1916-2013) escreveu com grande sofrimento uma de suas obras sinfônicas mais comoventes, As Sombras do Tempo, em 1997. Essa longa meditação é composta por cinco episódios interligados, cujos títulos evocam diferentes aspectos do problema. O longo episódio central, dedicado “a Anne Frank e a todas as crianças inocentes do mundo”, recorre a três vozes infantis para recuperar a terrível “Memória das Sombras”, com as insistentes perguntas: “por que nós?” e “por que a estrela?”.
Convidado para se apresentar pela primeira vez em Nova York, em 1909, Rachmaninov (1873-1943) atravessou o oceano ensaiando seu Terceiro Concerto para Piano. A crítica aplaudiu o pianista, mas novamente se dividiu sobre o compositor, considerando a obra longa demais e destinada sobretudo à exibição do virtuosismo sobre-humano do solista. Com o passar dos anos, o concerto se consolidou como um dos grandes desafios do repertório pianístico, gerando até mesmo um filme sobre o enorme esforço físico e emocional exigido pela obra, Shine [1996], baseado na triste história do pianista australiano David Helfgott. Manter o equilíbrio entre orquestra e solista é um desafio para os intérpretes, pois as texturas criadas pelo piano correm o risco de desaparecer sob a orquestração suntuosa.
SERVIÇO
28 de setembro, quinta-feira, às 20h30
29 de setembro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
30 de setembro, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 (valores inteiros)
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.


