
Sobre nosso clube
O Clube de Prosa da Biblioteca Mário de Andrade é uma iniciativa independente que nasceu em 2014, fruto do entusiasmo dos frequentadores da biblioteca. Este grupo se dedica a promover diálogos sobre diferentes livros, o que permite o compartilhamento de diferentes impressões sobre as leituras.
Os encontros são realizados mensalmente, geralmente na segunda quarta-feira de cada mês, a partir das 19 horas. As reuniões são abertas ao público. Ocasionalmente, as datas podem sofrer alterações devido a feriados ou outras programações da biblioteca.
Contamos com o apoio da equipe de Ação Cultural da BMA na organização e divulgação das atividades, assim como na integração com demais ações da programação.
Para mais informações ou para esclarecer alguma dúvida, os participantes podem entrar em contato com o mediador do clube, Heitor, pelo e-mail heitorbotan@gmail.com
Conheça abaixo os livros indicados para as reuniões dos participantes do Clube de Prosa da Biblioteca Mário de Andrade, além de dicas para acessar as obras na rede de bibliotecas na cidade de São Paulo.
15 de janeiro: Salvar o fogo, do Itamar Vieira Junior
O centro da trama é ocupado por Luzia do Paraguaçu, uma mulher que busca na coragem o caminho para ultrapassar as maiores injustiças. Órfão de mãe, Moisés encontra afeto em Luzia, estigmatizada entre a população por seus supostos poderes sobrenaturais. Para ganhar a vida, ela se torna a lavadeira do mosteiro da região e passa a experimentar uma vida de profundo sentido religioso, o que a faz educar Moisés com extrema rigidez.
12 de fevereiro: A glória e seu cortejo de horrores, da Fernanda Torres
O romance acompanha as desventuras de Mario Cardoso, um ator de meia idade, dos dias de sucesso como astro de telenovela até a total derrocada quando decide encenar uma versão de Rei Lear - e as coisas não saem exatamente como esperava. Mescla eletrizante de comédia de erros e retrato do artista, o livro atravessa diversas fases da carreira de Mario (e da história recente do Brasil).
12 de março: Ponciá Vicêncio, da Conceição Evaristo
A história de Ponciá Vicêncio descreve os caminhos, as andanças, as marcas, os sonhos e os desencantos da protagonista. A autora traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado.
9 de abril: Caçando carneiros, do Haruki Murakami
O protagonista do livro é um personagem sem nome que leva uma vida tranquila trabalhando numa agência de publicidade, convivendo com a ex-mulher e alguns amigos - todos muito comuns, ou assim parece. Mas tudo muda quando ele recebe uma carta misteriosa e conhece pessoas inesperadas: uma modelo de orelhas sedutoras, um grupo político de direita com um chefe enigmático e, por incrível que pareça, um homem-carneiro.
14 de maio: Pequena coreografia do adeus, da Aline Bei
Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares.
11 de junho: Teoria geral do esquecimento, do José Eduardo Agualusa
Durante um período turbulento da história de Angola, a portuguesa Ludovica Fernandes Mano ergue uma barreira entre seu apartamento e o mundo. Na companhia de seu cão Fantasma e em meio a sombras de outros tempos, Ludo e sua trajetória se apresentam ao leitor rodeadas por outras narrativas aparentemente desconexas, que logo se materializam em personagens diversos, habitantes de um país entre a guerra e a reconstrução.
16 de julho: A boa sorte, da Rosa Montero
O que leva um homem a saltar de um trem em uma cidade sem maiores atrativos, que não era seu destino original, e se esconder ali? Seu objetivo é recomeçar a vida ou simplesmente acabar com ela? Seja qual for a resposta, o destino o trouxe para uma cidade que está lentamente definhando. Diante de sua casa passam trens que podem ser sua salvação ou condenação, enquanto os perseguidores apertam o cerco. A ruína parece mais perto a cada dia.
13 de agosto: Zero, do Ignácio de Loyola Brandão
Romance de cunho grotesco, no qual Rosa e José, o casal protagonista, nutrem um pelo outro um sentimento de desdém, no qual, ao mesmo tempo em que se enojam, são fisgados por um desejo descomunal em suas noites de prazer. Em meio a um cenário social recheado de aberrações (que trabalham no circo da cidade), entregam-se a uma rotina de tapas e beijos que só pode entreter a eles.
10 de setembro: Um amor de filha, da Hanaide Kalaigian
Descendente de armênios, Meliné cumpriu todas as expectativas ancestralmente depositadas nela: casou-se com Zohrab, cuidou da casa e da filha, Aline, honrou e frequentou a família, os eventos, as práticas. Um dia, em um telefonema, uma notícia invade seu mundo na frequência de um abalo sísmico. Incapaz de lidar com a mudança, Meliné mergulha em suas origens procurando se abrigar nas lembranças e particularidades da cultura armênia.
8 de outubro: O som e a fúria, do William Faulkner
A obra retrata a violenta decadência dos Compson, família aristocrática do sul dos Estados Unidos, que parece viver num desnorteante presente em estado bruto. William Faulkner investiu num estilo ousado, tecido por quatro vozes narrativas distintas e saltos inesperados no tempo.
12 de novembro: Oração para desaparecer, da Socorro Acioli
Cida, uma mulher sem identidade nem memória, reconstrói pouco a pouco uma nova vida em um lugar completamente desconhecido. Jorge encontra nessa misteriosa estrangeira uma paixão inesperada, que recria o que não parece provável. Do outro lado do Atlântico, Joana é o fantasma de um amor há muitos anos perdido por Miguel. Quando os quatro personagens se entrecruzam no tempo em busca de respostas para as próprias angústias, se deparam também com uma trama fantástica sobre magia, ancestralidade e pertencimento.
10 de dezembro: Lavoura arcaica, do Raduan Nassar
A obra completa 50 anos de lançamento em 2025. Lavoura arcaica é um texto em que se entrelaçam o novelesco e o lírico, por meio de um narrador em primeira pessoa - André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, consequentemente, o avesso da imagem da família. É sobretudo uma aventura com a linguagem: além de fundar a narrativa, a linguagem é também o instrumento que, com seu rigor, desorganiza um outro rigor, o das verdades pensadas como irremovíveis.
Sobre o acesso aos livros
O Clube de Prosa prioriza a seleção de obras disponíveis em bibliotecas públicas na cidade de São Paulo, em versões impressas ou digitais. Seguem abaixo algumas sugestões para acesso aos livros:
Você pode consultar a disponibilidade no acervo físico das mais de 54 bibliotecas públicas municipais de São Paulo, além de CEUs e pontos de leitura, nesse link. O cadastro para empréstimo dos livros pode ser realizado na própria biblioteca, com a apresentação de um documento de identidade e um comprovante de residência;
Outra possibilidade é o acervo físico das bibliotecas estaduais localizadas na cidade: A Biblioteca São Paulo, em Santana, ou a Biblioteca Villa-Lobos, em Alto de Pinheiros. A disponibilidade dos livros pode ser consultada nesse link.
Os livros também estão disponíveis em bibliotecas virtuais, que podem ser acessadas por cidadãos nos links abaixo:
A BiblioSP Digital é um serviço da Secretaria Municipal de Cultura. O cadastro é realizado online. Mais informações sobre o acesso estão disponíveis nesse tutorial.
Já a BibliON é oferecida pela Secretaria Estadual de Cultura. O cadastro e o acesso às obras são realizados nesse link.
Outra dica ainda é acessar as bibliotecas de espaços privados que oferecem acesso à comunidade em geral, como o Sesc e o Senac.
Nosso clube não define uma edição específica para o encontro. Por isso, você pode participar com a leitura de qualquer uma das edições já publicadas no Brasil, ou mesmo caso tenha lido a obra em outro idioma.


