Requalificação Urbana e Mobilidade
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A Prefeitura de São Paulo iniciou o desenvolvimento de um projeto de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para ser implantado na região central da cidade. Batizado de Bonde São Paulo, ele tem o objetivo de qualificar os deslocamentos a partir da mobilidade sustentável e de uma nova alternativa de transporte integrada às demais ações para requalificação do centro.
A iniciativa já conta com estudos técnicos preliminares e projetos funcionais feitos pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e, a partir deste mês, a SP Urbanismo começa a trabalhar na elaboração de serviços especializados para o desenvolvimento de estudos técnicos urbanísticos como parte do Plano de Requalificação Urbana com Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável. Um Grupo de Trabalho Intersecretarial foi constituído para acompanhar o desenvolvimento das etapas do projeto.
Na última sexta-feira (01), a Prefeitura recebeu a sinalização de liberação de R$ 1,4 bilhão para a implantação do VLT por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A informação foi dada ao secretário Municipal de Governo, Edson Aparecido, pelo ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, durante a COP28. A solicitação de inclusão do projeto no Novo PAC foi feita pelo Município no início de novembro.
Os estudos iniciais apontam para uma rede com aproximadamente 12 km de extensão distribuída em duas linhas que conectariam cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM. As duas linhas se integrariam na Av. São João e, ao todo, teriam 27 estações de embarque e desembarque. Em relação às linhas de ônibus, destaca-se a conexão entre os Terminais Dom Pedro II, Bandeira e Princesa Isabel, absorvendo a população das Zonas Leste, Sul, Norte e Oeste.
Um dos principais destaques do projeto é a articulação de bairros da região central, como Bom Retiro e Brás. Conectados pelo Bonde São Paulo, eles serão integrados mais facilmente a espaços relevantes do ponto de vista econômico e cultural, como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.
Parques e espaços livres de relevância também passarão a ser acessados pelo Bonde São Paulo, como o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.
Além de reativar a saudosa memória dos bondes antigos do centro, o VLT será um indutor para a requalificação urbana do centro. Com ele, a circulação de pedestres atual poderá ser absorvida pela nova alternativa de transporte. Do ponto de vista ambiental, a rede de VLT poderá mitigar poluição atmosférica e sonora, reduzir congestionamentos e contribuir para a revitalização de áreas degradadas.
A Prefeitura promoverá nos próximos meses um chamamento público para receber contribuições da sociedade civil e da iniciativa privada para o projeto.
Todas as iniciativas do Bonde São Paulo se articulam diretamente com a AIU Setor Central (Lei nº 17.844/2022).
Texto: ASCOM/SMUL