A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, comemora o centenário da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade com a apresentação do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, no espaço Tula Pilar, no dia de comemoração de aniversário do equipamento cultural - no dia 25 de fevereiro. A atração cultural é gratuita, sem necessidade de reserva de ingresso e está marcada para às 15h.

O Quarteto de Cordas apresenta um concerto com temática no Movimento Armorial, criado na década de 70 por Ariano Suassuna, cuja manifestação artística decide unir a cultura erudita com a cultura popular nordestina. A criação do movimento por Suassuna buscava criar uma identidade brasileira autêntica, com o apelo e poder que a cultura popular encantava o público de massa, ao mesmo tempo ressaltando o nosso passado e o seu valor, baseada em nossas raízes.

De Hercules Gomes, pianista e compositor capixaba radicado em São Paulo, o Quarteto interpretará “Cantiga”, “Baião” e “Frevo”, obra a ele dedicada.  Aqui, ele homenageia o Movimento Armorial em uma obra composta especialmente para o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo por ocasião de um concerto em colaboração do pianista com o grupo, em 2021.

A música armorial teve uma significativa presença e força para este movimento, o que o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, composto pelos instrumentistas Betina Stegmann e Nelson Rios (violinos), Marcelo Jaffé (viola) e Rafael Cesario (violoncelo), vão mostrar ao público no dia de aniversário de criação da Biblioteca Mário de Andrade.

BMA 100 ANOS

Pela Lei nº 2.836 de 1925, a criação da Biblioteca Mário de Andrade saiu do papel e encantou os paulistanos no dia 25 de fevereiro daquele ano, que já completam 100 anos de história e promoção da cultura e literatura.

A Biblioteca Mário de Andrade comemora o seu centenário ao lado de seus frequentadores, em uma festa que não tem expectativa para encerrar. Ao longo do ano, uma programação especial em virtude dos 100 anos de vida e legado da maior biblioteca pública municipal da cidade - e a segunda maior do país - estará disponível gratuitamente aos munícipes, com a informação das atrações culturais em breve sendo anunciadas pelas redes sociais da BMA e pelo site e redes sociais da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.

O equipamento cultural reuniu 469 atividades culturais de diversas linguagens artísticas - contando com programação tanto realizada online quanto presencial, incluindo o Festival Mário de Andrade, além de apresentações de teatro, cinema, exposições, cursos, palestras, lançamentos de livros e clubes de leituras, entre outros - em suas dependências, que incluem salas, hemeroteca, terraço, auditório, o jardim contemplativo e as seções de acervo digital e físico de livros e documentos históricos prestigiados nacionalmente e internacionalmente, contando com 1.388.576 materiais - um aumento de 43.150 materiais em relação a 2023 .

Ao todo, mais de 207 mil pessoas frequentaram a instituição em 2024. A segunda maior biblioteca do país e a maior biblioteca pública da cidade de São Paulo, comprova o importante papel que desempenha na promoção da cultura da cidade, abraçando todos os munícipes paulistanos com possibilidades e oportunidades.

Mais informações, constam abaixo. A programação completa do mês de fevereiro dos equipamentos culturais municipais administrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa está disponível no site oficial e nas redes sociais da pasta.

Serviço:
Atração: Quarteto de Cordas da Cidade - Especial 100 Anos da Biblioteca Mário de Andrade
Quando: 25/10 | 15h
Onde: Espaço Tula Pilar | R. da Consolação, 94 - República
Ingresso: Grátis
Classificação: Livre
Sinopse: Por diferentes ângulos, as peças dialogam com o Movimento Armorial, corrente liderada por Ariano Suassuna que, a partir dos anos 1970, buscava produzir uma nova arte brasileira inspirada nas raízes da cultura do Nordeste. De Hercules Gomes, pianista e compositor capixaba radicado em São Paulo, o Quarteto interpretará Cantiga, Baião e Frevo, obra a ele dedicada. Hercules tem se destacado na nova geração pelo resgate da produção de compositores e compositoras da época de Chiquinha Gonzaga, que transitavam nesse caldeirão de elementos que hoje nomeamos como eruditos ou populares, mas que sempre se amalgamaram. Aqui, ele homenageia o Movimento Armorial em uma obra composta especialmente para o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo por ocasião de um concerto em colaboração do pianista com o grupo, em 2021.
Clóvis Pereira (1932-2024) foi membro ativo do Movimento Armorial e estudou com ninguém menos que Guerra-Peixe. Compositor, arranjador, pesquisador e maestro natural de Caruaru, ele foi um ícone importante nesse terreno fértil que une a música clássica à popular na tradição brasileira – tendo sido uma grande perda recente. Em 2004, Clóvis assistiu a uma apresentação do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo em Recife e, encantado com a sonoridade do grupo, o presenteou no ano seguinte com o Quarteto Nordestinados. César Guerra-Peixe (1914-1993) era carioca, mas seus estudos da música popular, especialmente a nordestina, fizeram com que sua obra servisse de grande inspiração para a criação da estética armorial. Seu Quarteto de Cordas nº 2 foi escrito em 1958, pouco depois de chegar a São Paulo vindo de uma temporada em Recife, onde pesquisou tradições populares regionais. A peça marca o abandono do compositor de técnicas internacionais, em especial o dodecafonismo, que ele aprendera com o mestre Koellreutter e praticara como membro ativo do movimento Música Viva, em favor da estética nacionalista que caracterizaria toda sua produção subsequente.