CENTRO DE REFERÊNCIA DA DANÇA
Fênix
Dança
01/06
19h
60 minutos
Livre
Obra de passinho e funk que fala sobre a esperança dos corpos periféricos pela busca da felicidade. É um espetáculo com trilha executada ao vivo pela Banda Clarin e um DJ. São 14 dançarinos das comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo que criam a obra tendo em mente uma pergunta: é possível fazer uma obra periférica que fale apenas sobre a felicidade? A companhia, mesmo tendo plena consciência de que os temas abordados em suas obras são necessários, políticos e reflexos da sociedade e do momento que se passa, utilizou-se de frases ditas em bate-papos após as apresentações do espetáculo “ou 9 ou 80” como provocação para este trabalho. FÊNIX é uma audaciosa obra, que trabalha com o inesperado de signos periféricos numa ligação de tempo, observando a mistura de toques africanos que passeiam entre o acústico e o sampler, apresentando as mudanças das batidas e o crescimento dos BPM, em um olhar que vai do passado ao presente, que vive em constante mudança.
Tranças de Tereza
Dança
07 e 08/06
19h
60 minutos
Livre
O espetáculo mostra a contradição do amor desde o seu título, que foi pensado como uma tríade, um símbolo da transformação de três partes formando uma. Por outro lado, a “Teresa” representa a fuga, simbolizada nas cordas feitas com tecidos trançados, utilizadas em cadeias e manicômios. A ideia da “instauração”, da circularidade e as tranças em si são feitas espacialmente no palco a partir desse desenho circular, nos ciclos do amor que podem ser contínuos, mas também podem ser quebrados. Nas conexões das tranças, na união e separação que fazem a condução das histórias. Inspirado nas ideias das marionetes e cruzetas, o cenário leva o espectador a vivenciar a sensação de que o amor também é conduzido. A apresentação é complementada com projeções de videodança ao longo do espetáculo. Todos os elementos da pesquisa estão presentes nas coreografias.
D’água: um começo sem meio e sem fim
Dança
21 e 22/06
19h
60 minutos
Livre
A investigação cênica do bailarino Rodrigo Alcântara traz à cena “D'água: um começo sem meio sem fim”. Repleto de várias certezas, lacunas, vãos, ausências, descobertas e perigos. Quando se adentra um portal, as possibilidades são de riscos, acertos e erros. A performance reverbera do ritualístico ao oco, do visível ao invisível. Portais existentes ou inexistentes para a humanidade em suas vulnerabilidades. Portais que jamais serão descobertos, assim como as profundezas dos mares meus, seus e nossos. “D'água” traz maneiras de girar e perceber o Universo em que coexistimos, Universo esse que carregamos ou somos doutrinados a carregar, experimentando minuciosamente cada um dos seus portais.
Projeto Anunciação
Dança
14 e 15/06
19h
300 minutos
Livre
Esta obra faz parte de uma série de performances dançadas do Projeto Anunciação da Macuas Cia Cênica. Uma poção cavalar de veneno é liberada constante e paulatinamente em nossas veias, fazendo paralisar, retroceder, envergonhar, morrer dia após dia, mas o que eles não sabem é que aqui se produz antídoto.
A borboleta e o cubo de vidro e o concreto
Dança
28 e 29/06
19h
60 minutos
Livre
O gatilho para criação desse espetáculo solo foi racional e intelectual: uma pesquisa da antropóloga Mirian Goldenberg onde ela perguntou para 5.000 homens e mulheres o que eles mais invejavam no gênero oposto. E as respostas serviram como uma faísca em terreno seco para a criação de um trabalho que fala sobre uma questão urgente no país, a(s) violência(s) contra a mulher. Esse espetáculo nasce então como um contraponto para as inúmeras tentativas de reduzir uma jovem a nada.
Afrografias do Corpo
Dança
29/06
19h
60 minutos
Livre
Sala Plural
Teletransporte de imaginários em fuga. Nós, brincando entre o passado e o futuro enquanto manejamos o presente, não arqueamos o corpo para alcançar longas distâncias. É sobre atravessar o tempo a partir do próprio corpo negro, como um desenho no espaço, uma fome, um desejo, coreografia ritualizada que nos ergue para um futuro outro, onde existimos para além das estrelas. Seis atos performativos, seis coreografias fantásticas, que tornam visível, grafando e “afrografando” a ação de ser, sem mais estar refém do aqui.